ENTREVISTA: BATE PAPO RÁPIDO COM O GOLEIRO JÚLIO CÉSAR DO CORINTHIANS

Por Renato Rodrigues

Uma década! Isso é o tempo que o goleiro Júlio Cesar do Corinthians tem de vivência no Parque São Jorge.  Nascido em São Paulo capital, o goleiro de 25 anos tem uma longa história em um dos clubes mais importante do país. Com seus 1,86 metros de altura, o carequinha vindo das categorias de base do clube é um dos poucos que podem bater no peito e dizer o que é o Corinthians de verdade. Altos e baixos já foram vividos ali dentro ao longo destes 10 anos de casa. Bicampeão da Copa São Paulo de Futebol Junior nos anos de 2004 e 2005, apesar de ser reserva, Júlio atuou em jogos importantes pelo Timão e nunca comprometeu. Trabalha duro todos os dias e ostenta a esperança de um dia em fim assumir a camisa 1 do Coringão. Sua estréia como profissional aconteceu na vitória do Corinthians sobre o Figueirense no dia 22 de maio de 2005, na época com apenas 20 anos.

Em entrevista o goleiro contou um pouco da sua história no Timão e falou sobre suas expectativas para o futuro.

Com a suposta saída de Felipe as chances de Júlio César de assumir a camisa 1 crescem. (Fonte: Globoesporte.com)

Renato Rodrigues: Como você chegou ao Corinthians?

Júlio César: Cheguei no Corinthians em 2000, através de um jogo amistoso que disputei contra o juvenil do Corinthians, quando eu jogava ainda pelo Guapira. Na época eu tinha 15 anos e estou aqui até hoje graças a DEUS.

RR: Quais foram as pessoas mais importantes para você nessa sua história dentro do clube?

JC: Tem muitas pessoas que eu tenho que agradecer aqui dentro, mas em especial tem dois treinadores que eu sou muito grato, que são o Professor Ladeira  e o Professor Mano Menezes.

RR: Qual foi seu melhor e pior momento na carreira ao longo destes anos?

JC: O pior momento foi em 2007 quando mesmo sem eu estar jogando o Corinthians foi rebaixado. E o melhor momento ou o mais importante foi esse ano quando joguei três partidas pela Libertadores.

RR: Seu pensamento sempre foi voltado para o futebol? Nunca pensou na hipótese de não ser jogador, em que fazer se não fosse?

JC: Eu sempre sonhei em ser jogador, mas caso não fosse eu pretenderia ser veterinário, pois sempre gostei muito de animais.

Uma das boas atuações do goleiro, Arena da Baixada contra o Atlético Paranaese. (Fonte: estadao.com)

RR: Porque ser goleiro? Em qual goleiro você mais se espelha?

JC: Não tem explicação em querer ser goleiro você já nasce querendo ta no sangue. O goleiro que eu sempre me espelhei foi o Dida.

RR: Você sempre ostentou essa esperança em ser titular do Corinthians, quais suas expectativas para alcançar este objetivo?

JC: Tenho que continuar trabalhando bastante, pois sei das minhas qualidades e acredito muito nisso, sei do meu potencial e acredito muito em Deus.

RR: Copa do Mundo de 2014. Um sonho possível?

JC: Com certeza, eu acredito, para alguns pode parecer loucura, pra mim não. Eu sei que esse sonho pode ser realizado.

RR: Você que nasceu no Corinthians e conhece melhor que muitos a atmosfera do clube, quais as grandes mudanças que ocorreram no departamento de Futebol para melhoria do trabalho dos atletas?

JC: Teve várias mudanças que ajudaram a melhorar o futebol, mas a seriedade e comprometimento de todos sem dúvida é o que faz muito mais diferença. No Corinthians isso fez muito as coisas melhorarem.

RR: Julio César, caso você recebesse uma proposta para jogar em países sem tradição no futebol (como no mundo Árabe), que lhe garantisse uma independência financeira, você correria o risco de limitar sua carreira mediante essa boa proposta econômica?

JC: É complicado. Tudo dependeria do momento que eu tivesse atravessando no clube, mas dependendo da proposta é de se pensar.

RR: A importância de jogadores “tarimbados mundialmente”, como Ronaldo e Roberto Carlos no elenco, todos sabemos, além da maior visibilidade, em qual o aspecto eles influenciam para o resto da equipe?

JC: Eles passam bastante experiência para todos e só de saber que jogadores como eles que já conquistaram tudo é importante pra nós, temos que absolver e aprender o quanto mais.